Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), suicidam-se anualmente cerca de 800.000 pessoas. Segundo os cálculos, suicida-se uma pessoa a cada 40 segundos. Sim, é verdade. E vários deles são jovens entre os 15 e os 29 anos.

Sou pai de 3 filhas. Adoro-as. E quero muito aquilo que qualquer pai ou mãe querem para os seus filhos – que sejam felizes.

Então o que posso eu fazer para evitar que pensamentos de falta e de insuficiência se apoderem delas e as levem a cometer um acto que não tem volta?

O que podemos verdadeiramente fazer para ajudar os nossos filhos, amigos e familiares a evitarem seguir um caminho sem retorno?

Até aos 21 anos estudei uma coisa que não queria para não perder aquilo que mais queria – o amor dos meus pais. Sentia-me infeliz e pensava que era normal as pessoas sentirem-se assim. Estava a tentar ser uma pessoa que não era. Felizmente abandonei aquilo que me drenava toda a energia e me violava a alma.

Pai, mãe, amigo…deixa de colocar as expectativas do que queres naqueles que mais amas. Deixa cair por terra aquilo que pensas que sabes ser melhor para os teus filhos. Porque não sabes. Mas eles sabem. E provavelmente esqueceram. Como eu e tu provavelmente esquecemos há tanto tempo atrás. Porque outros colocaram em nós as suas expetactivas e nós acreditámos. Mas não tens de o fazer com os outros aquilo que fizeram contigo. Não tens.

É tua missão ajudá-los a descobrir as suas imperfeições. E a aceitá-las. Com bondade. Com generosidade. Com fé. Com alegria.

Se não sabes como fazê-lo com os teus filhos, começa por ti. Começa por fazer um trabalho em ti que não ainda fizeste. Ainda vais a tempo. Claro que vais a tempo.

É díficil? Claro que é. Eu sei que é, pois senti e sinto esse trabalho diário em todas as células do meu corpo. Mas a minha alma agradece. Bem como a minha vida. E a tua.

Não sabes por onde começar? Não sabes o que fazer?

Pede ajuda. Para ti. Para o teu filho. Eu também pedi. Eu também peço. Porque sou perfeitamente imperfeito.

Mas deixa. Deixa cair a expectativa que o teu filho tem de ser médico, contabilista, economista ou professor. Ele pode ser o que quiser, desde que seja feliz. Verdadeiramente feliz.

Deixa. Deixa-o ser feliz. Deixa-o escolher. Livremente.

Deixa que ele seja imperfeito nas suas escolhas. Deixa que ele aprenda. Deixa-o ser quem é. De verdade.

Deixa de o comparar com os outros. Deixa de o comparar com a perfeição mentirosa que todos os dias nos entra pelos olhos adentro através das redes sociais.

A perfeição do corpo perfeito.

Do relacionamento perfeito.

Do carro perfeito.

Da roupa e do calçado perfeito.

Da casa perfeita.

Do emprego perfeito.

Da família perfeita.

Da vida perfeita.

Essa perfeição não é a realidade. Essa perfeição é ficção. É pura ilusão.

Portanto, larga a ilusão daquilo que os outros têm e de como os outros são. Perfeitos.

Porque não são. Mesmo.

Esta comparação gera insuficiência, e a insuficiência gera a falta permanente de alguma coisa. E quando alguma coisa falta permanentemente nas nossas vidas, jamais conseguiremos ser felizes.

Acredito, mesmo, que o que nos falta é aceitarmos.

Aceitarmos que temos valor.

Aceitarmos que temos coragem.

Aceitarmos que temos amor.

Aceitarmos que tudo tem um tempo de gestação.

Aceitarmos que estamos a crescer.

Aceitarmos as nossas imperfeições.

Aceitarmos que temos mais um dia. De vida.

Então agradece. Por estares cá. Por seres quem és. Por seres único. Pela vida que te foi dada.

Vive a tua vida. Encontra o teu caminho.

Desejo-te um dia inspirador.

Mário Caetano

Coach, autor e palestrante inspirador

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